A psicologia é uma ciência fundamental no cuidado com a saúde mental. Diversos transtornos psicológicos afetam milhões de pessoas todos os anos, prejudicando o bem-estar, a rotina e os relacionamentos. Felizmente, a psicoterapia se mostra uma ferramenta altamente eficaz no tratamento de muitas dessas condições.
Neste artigo, você vai descobrir quais são os transtornos mais comuns tratados por psicólogos e como o acompanhamento profissional pode promover qualidade de vida, equilíbrio emocional e bem-estar duradouro.
A psicologia clínica atua no diagnóstico e no tratamento de uma ampla gama de transtornos mentais e emocionais. A seguir, listamos os transtornos mais recorrentes nos consultórios de psicologia:
O TAG é caracterizado por uma preocupação constante, mesmo sem motivos concretos. Como consequência, a ansiedade afeta o sono, reduz a produtividade e pode causar sintomas físicos como dores, tensão muscular e irritabilidade.
Nesse contexto, a psicoterapia ajuda o paciente a identificar gatilhos emocionais, a desenvolver estratégias de enfrentamento e a aprender técnicas de relaxamento. Saiba mais sobre tratamentos para ansiedade no portal do Ministério da Saúde.
A depressão é um dos transtornos mentais mais prevalentes no mundo. Ela se manifesta por meio de tristeza profunda, perda de interesse, cansaço excessivo e baixa autoestima.
Com o apoio da psicoterapia, o paciente passa a compreender melhor suas emoções, reestruturar pensamentos negativos e reencontrar motivação e propósito. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 280 milhões de pessoas vivem com depressão.
As crises de pânico envolvem episódios repentinos de medo intenso, geralmente acompanhados de sintomas como taquicardia, suor excessivo, tremores e sensação de sufocamento.
Felizmente, abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) têm se mostrado bastante eficazes no tratamento desse transtorno, promovendo maior controle sobre pensamentos catastróficos e respostas corporais.
O TOC é marcado por pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, como verificar repetidamente se as portas estão trancadas ou lavar as mãos excessivamente.
Ao longo da psicoterapia, o paciente aprende a reduzir gradualmente esses comportamentos, ganhar mais autonomia e lidar melhor com a ansiedade associada às obsessões. Veja também este conteúdo da Associação Brasileira de Psiquiatria sobre TOC.
Medos intensos e irracionais — como medo de altura, de dirigir, de insetos ou de falar em público — podem limitar a qualidade de vida de uma pessoa.
No entanto, com técnicas como dessensibilização sistemática e exposição gradual, é possível superar essas barreiras e retomar o controle da própria vida.
Transtornos como anorexia, bulimia e compulsão alimentar afetam a relação da pessoa com o corpo e a comida.
O tratamento psicológico envolve a reconstrução da autoestima, a ressignificação de crenças distorcidas sobre o corpo e a alimentação, além do fortalecimento do autocuidado. Você pode ler mais sobre isso no site Nutritotal.
Transtornos como borderline, narcisista e antissocial impactam profundamente a forma como a pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros.
Por meio da psicoterapia, é possível trabalhar a regulação emocional, a empatia e o desenvolvimento de relacionamentos mais saudáveis. Em alguns casos, o acompanhamento psiquiátrico também é necessário.
Condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também fazem parte da atuação psicológica.
Embora envolvam fatores neurológicos, é essencial tratar os aspectos emocionais e comportamentais que interferem no cotidiano. O psicólogo contribui com estratégias para melhorar a adaptação, o autocontrole e a socialização.
A psicoterapia é um espaço seguro, acolhedor e estruturado, no qual o paciente pode expressar suas emoções, compreender seus comportamentos e desenvolver habilidades para enfrentar desafios.
Entre os principais benefícios da psicoterapia, destacam-se:
Redução dos sintomas emocionais e físicos;
Melhora nos relacionamentos interpessoais;
Aumento da autoestima e da autoconfiança;
Desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais;
Criação de estratégias eficazes para lidar com gatilhos e prevenir recaídas.
De modo geral, sempre que houver sofrimento emocional persistente, dificuldade para lidar com a rotina, mudanças comportamentais relevantes ou conflitos interpessoais constantes, é hora de buscar ajuda profissional.
Lembre-se: quanto antes o tratamento psicológico começar, maiores são as chances de recuperação e prevenção de agravamentos. Para entender como escolher um profissional, leia Como encontrar um bom psicólogo.
Os transtornos psicológicos tratados pela psicologia são diversos, mas todos têm em comum o fato de poderem ser abordados com empatia, técnica e acolhimento.
A psicoterapia não apenas reduz sintomas, como também fortalece a saúde mental a longo prazo. Por isso, procurar ajuda é um sinal de coragem e de cuidado com a própria vida.
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